Pós eleições: Começam as Invasões do MST
"Presidente Bolsonaro quer tipificar invasão de terra como terrorismo, pois é terrorismo. Além das invasões, destruições, vídeos mostram animais sendo picotados vivos. Terror que é apoiado por comunistas, socialistas, corruptos políticos"
Líderes do Movimento Sem Terra já haviam anunciado, ainda antes do segundo turno das eleições brasileiras, que retomariam ocupações com eleição de Lula.
O MST anunciou, através do seu site oficial, a invasão de duas fazendas na região da Chapada Diamantina, na Bahia. As invasões ocorreram no fim de semana. O movimento já havia avisado que as ocupações de terras seriam retomadas com a eleição de Lula.
BARBARE COM ANIMAIS → cenas fortes
No sábado, 100 famílias invadiram a Fazenda Gentil, no município de Maracás, a 350 quilômetros de Salvador. No domingo, 150 famílias invadiram a Fazenda Redenção, a 320 quilômetros da capital, nos municípios de Planaltino e Irajuba. Segundo o MST, as áreas invadidas pelo movimento pertencem a uma empresa “falida” e que “abandonou” as terras que seriam destinadas à monocultura de eucalipto.
As famílias que invadiram as fazendas, diz o MST, viviam nas periferias das cidades e estariam “passando dificuldades”. Os sem-terra anunciaram que já se organizam para a produção de alimentos e construção dos barracos para moradia nas áreas invadidas.
Ainda segundo os líderes essa é a décima sétima ocupação que o Movimento Sem Terra realiza no estado neste ano de 2022. As famílias são de trabalhadoras e trabalhadores que viviam nas periferias e estão passando dificuldades. Os agricultores já se organizam para a produção de alimentos e construção dos barracos para moradia.
A volta de Lula ao poder anima o MST
Durante os governos do petista, foram realizadas 1.968 invasões de fazendas. Nos três primeiros anos de Bolsonaro, somente 24. As lideranças dos sem-terra já avisaram que a eleição de Lula representa a retomada das invasões para fins de reforma agrária.
Os sem-terra também estão protegidos por decisão do ministro Roberto Barroso, que impôs restrições à reintegração de posse. Para expulsar invasores, agora não basta mais uma decisão judicial. Os tribunais terão de instalar comissões de conflitos agrários com a presença do Ministério Público e das defensorias públicas.
Estas comissões deverão realizar inspeções judiciais e audiências de mediação antes de qualquer decisão para desocupação. Além disso, as comunidades afetadas devem ser ouvidas previamente e fica proibido em qualquer situação a separação de integrantes de uma mesma família.
Produtores de leite têm prejuízos após invasão do MST
As terras invadidas pertencem à Ferbasa e parte é utilizada para um projeto de produtores locais
Fazendas na Bahia foram invadidas por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) há algumas semanas, gerando prejuízos para os produtores de leite que trabalham no local.
A Fazenda Gentil, em Maracás, e a Fazenda Redenção, localizada entre Planaltino e Irajuba, foram alvo do grupo que instalou um acampamento dizendo que as áreas, pertencentes à Companhia de Ferro Ligas da Bahia (Ferbasa), estavam improdutivas.
Cerca de 250 famílias passaram a ocupar uma parte da fazenda com a intenção de manter “atividades agroecológicas” como a plantação de arroz e outros cultivos.
Todavia, de acordo com a Ferbasa, a área faz parte dos projetos de silvicultura da empresa e beneficia a comunidade local em comodato para uma associação local de produtores de leite.
Parte do imóvel invadido é destinado para a pastagem e manejo bovino, onde produtores locais conseguem comercializar o produto e sustentar toda a comunidade envolvida com este setor na região.
A empresa também emitiu uma nota dizendo que as medidas judiciais cabíveis estão sendo tomadas.