Lei do Retorno: Não podemos fazer o mal esperando o bem
A Lei do Retorno é precisa. Não podemos fazer o mal esperando o bem… Tem quem acredite que sairá impune de qualquer ato negativo em relação às outras pessoas e ao mundo. E como tem! Caso contrário, não veríamos tantas barbaridades nos noticiários, no nosso trabalho, na vizinhança e até mesmo dentro de casa.
São pessoas que não conseguem enxergar um palmo a frente de seu umbigo maquiavélico para entender que há consequências para tudo que fazemos.
Assim como a bondade, a maldade também é uma semente que plantamos no universo, a qual, mais cedo ou mais tarde, encontrará a vibração certa para germinar e fazer florescer toda aquela energia que jogamos no mundo.
Pode ser como o bambu que leva anos para sair do solo ou como um pé de feijão que com apenas alguns dias já brota da terra trazendo as repercussões de um plantio anterior.
Uma ação de maldade é uma bolha de energia que assume um lugar no ar da existência e paira pela natureza levada pelos ventos do destino que, sob o ímã da lei da atração, retorna ao ponto de origem, às vezes, mais pesada, expandida e escura entrando em nosso organismo em uma natural inspiração dos pulmões.
Então, aloja-se na nossa alma como uma erva daninha que toma nossas alegrias, nossa positividade, agregando tormentos ao nosso dia a dia, dos quais somos incapazes de entender a origem e ligar àquela atitude equivocada que um dia tivemos no passado.
E, muitas vezes, a consequência do mal que jogamos no mundo pode ser visível aos olhos como o desafeto das pessoas, a falta de confiança, uma doença ou a solidão, sem falar no estresse diário da energia negativa que se instaura em qualquer caminho que desejamos percorrer na vida.
Então, tudo dá errado. O copo quebra, a comida queima, o carro estraga ou o trânsito nos atrasa. Perdemos o celular, a promoção no trabalho ou o emprego e pegamos uma gripe, uma alergia, a luz queima e nosso filme também.
Acreditamos que estamos vivendo um dia ruim, mas, na verdade, é a energia negativa em forma de nuvem escura ao redor da nossa cabeça estragando tudo que está a nossa volta.
É o momento de parar e refletir sobre nossos comportamentos e escolhas para tomar consciência de nossos equívocos. Pedir perdão às pessoas, a Deus, ao universo, conforme sua crença, e por tudo que de mau um dia fizemos.
Rezar por força e resiliência para nos tornarmos pessoas melhores, cada vez mais afastadas de atitudes contra os outros e de pensamentos negativos. Então, as flores ressecadas e opacas do jardim de nossa vida tornam-se coloridas e perfumadas.
A sorte volta para o nosso lado, assim como as pessoas do bem. Entramos de volta no trilho rumo à felicidade plantando e colhendo alegrias, ficamos disponíveis ao amor, ficamos mais generosos e iniciamos um ciclo de acontecimentos bons e resoluções de problemas, com a certeza de que plantando o mal, jamais se colherá o bem.
Afinal quem trata as pessoas mal, não pode esperar ser bem tratado. Se trai, não deve contar com o afeto de quem feriu. Se mente, que saiba conviver com a desconfiança. Se for egoísta, é preciso se preparar para a solidão. E se agir mal, terá o retorno em acontecimentos que entristecem a alma, naturalmente. Sem planos nem vinganças, apenas com correr do tempo no universo.
E essa questão não é sobre ser uma pessoa boa ou não, mas sobre ser humano e ter a consciência de fazer as escolhas certas. Por que como diz a célebre frase de Buda:
“É a própria mente do homem, não seu inimigo, que o seduz para o mau caminho.”
A vida é como uma conta no banco: quanto mais o bem praticarmos no mundo, mais nossa conta é positiva. Quanto mais maldades, mais ela é negativa. E o saldo final é o que levamos para a eternidade.