Globalismo visa liquidar nações
A Amazônia ainda será um catalisador para que os tecnocratas bilionários digam que é preciso uma resposta global, usando de retórica e falácia para usurpar o patrimônio brasileiro
Depois do impacto das medidas impostas com a instrumentalização da pandemia para os fins econômicos da quarta revolução industrial, a guerra na Ucrânia se torna um novo catalisador, que convulsiona o mundo todo à mais profunda e radical das estruturas sociais. Em meio a tudo isso, avança a agenda do poder global, para a imposição de um sistema digital de dominação mundial, aonde os tecnocratas bilionários (1% de toda a população do planeta, que tem mais lucrado com o desarranjo que vêm fazendo) estão consolidando um império digital, com regras de competitividade, cuja seleção dos mais aptos ocorre em meio a processos altamente desiguais, perversos e desumanos.
As consequências da guerra ainda são imprevisíveis e seus desdobramentos devem reforçar a nova mentalidade que visa estigmatizar o conceito de nações, para favorecer a mentalidade de que problemas locais e regionais devem ser resolvidos por respostas globais. A pandemia foi um ensaio nesse sentido. Faz parte dos objetivos dos que desejam o Great Reset, liquidar o próprio conceito de nação. A globalização dos anos 90 do século 20 engendrou as condições econômicas e políticas para novas formas de ideologias opressoras, expressas no globalismo.
Nesse sistema a-social, a tendência é aumentar o fosso entre ricos e pobres, tema este abordado no livro de Christophe Guilluy, “O Fim da Classe Média – A fragmentação das elites e o esgotamento de um modelo que já não constrói sociedades”. O que os tecnocratas bilionários (especialmente do Vale do Silício e do Fórum Econômico Mundial) estão fazendo é isso: destruindo a tessitura social, para tornar as pessoas reféns da gamificação que estão empreendendo, forçando-as ao novo tipo de sociedade quase inteiramente digital, altamente controladora por quem detém os dados das pessoas, por isso tanto investimento deles no Big Data. Eles sabem que os dados serão o principal ativo, e quem tiver o controle dos dados, terá o efetivo poder sobre as pessoas.
Nesse processo, estamos vendo uma “ruptura de elos”, como afirma Guilluy, “incluindo os conflituosos, entre a parte de cima e a de baixo, que continha a semente do abandono do bem comum”, e essa “ruptura de elos”, “nos fez entrar na a-sociedade”. Se nada for feito para deter os tecnocratas bilionários, eles vão destruir a sociedade por inteiro, com as consequências mais danosas e terríveis, sem precedentes na História.
Não só as pessoas, mas também as nações estão reféns e subjugadas pela volúpia do poder global. 193 países-membros da ONU enredados nisso, numa teia que vai impedindo, cada vez mais, para que haja soberania das nações e das pessoas. A obrigatoriedade da vacinação em massa,no mundo todo, foi a demonstração do ataque contra a soberania dos corpos das pessoas. Os tecnocratas bilionários decidiram tornar irrelevante o livre-arbítrio das pessoas. É óbvio que as restrições da mobilidade antecedem outras restrições, para que todos acatem acriticamente outras medidas, até que todos, extenuados, aceitem o novo totalitarismo em curso, mais perverso porque mais sofisticado.
Cada vez mais nações e pessoas (famílias e demais instituições humanas) ficam vulneráveis à lógica de um globalismo que se utiliza de possantes dispositivos tecnológicos para impor uma distopia com afã de ter tudo e todos sob controle, sem que haja chances de resistência ao que pretendem. Por isso é preciso que estejamos atentos e atuantes para evitar que as nações sucumbam a esse processo que parece inexorável. Na verdade, o que esse 1% de tecnocratas bilionários querem é a posse dos recursos naturais, impondo restrições para o desenvolvimento de nações e pessoas, com a narrativa climática como pretexto. A agenda ambiental se presta a isso também. Mais uma vez ideologias fazendo vítimas. No nosso caso, por exemplo, a Amazônia ainda será um catalisador para que eles digam que é preciso uma resposta global, usando de retórica e falácia para usurpar o patrimônio brasileiro, que eles já vivem dizendo em seus foruns internacionais, que a Amazônia é “patrimônio da humanidade”, etc. Será um grande desafio no século 21 conseguirmos evitar tal usurpação, e preservar a soberania das nações e de cada pessoa (e também a soberania dos corpos e mentes), diante de um globalismo cada vez mais avassalador. Mas teremos que dar uma melhor resposta a isso, para garantir a nossa humanidade e dignidade, com lucidez e coragem.