Brasil na UTI, acometido de metástase generalizada
Manifesto do Major-Brigadeiro Jaime R Sanchez
A impunidade na justiça brasileira não tem limites. A Nação e seus cidadãos assistem atônitos, indignados e indefesos a cada ato abominável da Suprema Corte, que se repete em todas as instâncias, aparelhadas pelo sistema nefasto que devastou o País nas últimas 3 décadas.
Primeiro, O Supremo Tribunal Federal, por decisão de Edson Fachin, relator e algoz da operação lava jato, reduziu a pena de prisão do empresário Marcelo Odebrecht de 10 para 7 anos e meio.
Com essa senha, a Justiça Federal de Brasília o absolveu, juntamente Fernando Pimentel, de denúncia de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, no âmbito da operação Anacrônico.
De golpe em golpe, o Brasil agoniza, vítima da metástase generalizada de um câncer traiçoeiro de que foi acometido em 1995, com a eleição de Fernando Henrique Cardoso à Presidência da República.
Com discurso social democrata e intenções comunistas, o sociólogo, lobo em pele de cordeiro, fala mansa e alta dose de filosofia barata, se apoderou da paternidade do plano real para eleger-se Presidente.
Apoiou, em 1990, a dupla Lula/Fidel Castro na fundação do Foro de São Paulo para transformar a América Latina num grande bloco comunista, a Pátria Grande.
Após dois mandatos, propiciou a eleição de Lula, vindo de três derrotas consecutivas e rumo à quarta, não tivesse ele escolhido para seu “adversário” o único político do partido com maior rejeição que o “trabalhador” amputado.
O agravamento definitivo desse câncer veio com o aparelhamento das instituições, que iria estender-se por todos os órgãos da República, permanecendo até os dias atuais.
A parte mais danosa dessa contaminação foi a escolha de figuras desqualificadas, no amplo sentido da palavra, para formar a mais alta Corte do País, com o intuito premeditado de proteger correligionários da enxurrada de crimes que viriam a cometer em sua cruzada de perpetuação no poder.
Essa jornada diabólica foi ameaçada de interrupção em duas ocasiões: com a denúncia do mensalão, quando armou-se a primeira grande farsa, deixando ileso Lula, o principal culpado.
Pelo impacto inicial, o STF chegou a iludir a Nação de que algo havia começado a mudar. Com o tempo, percebeu-se que apenas alguns bodes expiatórios seriam presos.
Segundo publicado pela Veja em 2018, passados 5 anos do julgamento, apenas 1 dos 25 condenados continuava atrás das grades.
Muitos voltaram à vida política e Marcos Valério, o “bode” maior, condenado a 37 anos, estava em prisão domiciliar desde 2020 e, em maio passado, teve o regime aberto concedido pelo ministro Barroso.
Em 2016, veio a segunda e mais promissora ameaça, através da operação lava jato, que acabou se transformando na maior ferramenta de consolidação do crime institucional organizado, ao ser prematuramente destruído todo o trabalho da Força-tarefa de Curitiba, pela ação planejada dos lacaios togados, principais agentes dessa metástase que corrói as entranhas da Nação e promete levá-la de volta ao mar de lama do qual foi temporariamente resgatada.
A absolvição de Marcelo Odebrecht apenas engrossa o festival de incentivos à impunidade, que ainda poderá acarretar enormes prejuízos aos cofres públicos, devido a uma provável enxurrada de recursos para ressarcimento da multas processuais, além de demonstrar claramente a razão pela qual os processos foram destinados à jurisdição de Brasília.
Em janeiro passado, a Gazeta do Povo noticiou que “o ano de 2021 ficará marcado como aquele em que réus célebres da lava jato colheram os frutos das decisões do Supremo Tribunal Federal, que relaxaram a jurisprudência que havia levado para a cadeia políticos, empresários e operadores de propina”.
Continua ela: “O episódio mais ilustrativo da onda garantista foi a anulação das condenações e investigações contra o ex-presidente Lula e a suspeição do ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro.”
Esse câncer precisa ser extirpado enquanto o organismo ainda respira por aparelhos, mas exige tratamento radical, cujos efeitos colaterais são infinitamente menos nocivos que as sequelas decorrentes dos paliativos que estão sendo administrados.
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS