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Arroz com selo do MST é vendido como orgânico, mas com agroquímicos

"Quem seria capaz de comprar algo daqueles que são considerados terroristas?"

No dia 24/04/2023, os vereadores Ramiro Rosário (Porto Alegre/RS) e Silvio Roberto Flores de Almeida (Nova Santa Rita) protocolaram perante a Procuradoria do Ministério Público Federal da 4ª Região uma representação com vistas à proteção e defesa do consumidor contra a União, COOTAP, COOPAN e IMO certificadora orgânica, por conta da comercialização de produtos supostamente orgânicos que contém traços dos defensivos agrícolas utilizados em lavouras convencionais (2,4-D, Quincloraque e outros).

Os produtos, da marca “Terra Livre Agroecológica” (https://terralivre.coop.br), que também possuem selo do Movimento dos Trabalhadores Sem-terra (MST) e possui como slogan “Alimentos saudáveis da Reforma Agrária para a sua mesa”, estavam sendo comercializado ao público consumidor na feira da Redenção em Porto Alegre/RS e foram objeto de análise laboratorial pelo Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Para o advogado dos representantes, Maurício Fernandes, “a existência de traços de defensivos inviabiliza a rotulagem como produto orgânico, exigindo dos órgãos de fiscalização medidas cabíveis, pois o consumidor é prejudicado por adquirir um produto e receber outro. Caso típico de greenwashing.”

A representação encontra-se protocolada como manifestação nº 20230029942 e pode ser consultada no site https://www.mpf.mp.br/mpfservicos.

Abaixo, confira as peças da representação e documentos entregues ao MPF:

>> Representação ao MPF

>> Ata Notarial

>> Laudo_2748-01_arroz

>> Laudo_2748-02_arroz 

Fonte
Notícias Agrícolas

Edição

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