Os pedidos para o Orçamento Secreto, aquelas emendas de relator que permitem a parlamentares indicarem recursos que saem diretamente dos cofres da União; sem que haja informação transparente de para onde vai o dinheiro, teve um ‘boom’ após o ex-presidiário Lula (PT) ser declarado eleito em outubro de 2022.
Segundo levantamento feito pelo site Metrópoles, os pedidos para o Orçamento Secreto aumentaram 2.272%.
O montante vinha registrando queda desde maio de 2022 e chegou a R$ 1,6 bilhão, em outubro. Porém, com a vitória de Lula, no mês seguinte, em novembro, os pedidos novamente dispararam e ficaram na casa dos R$ 38 bilhões. Em dezembro, foram mais R$ 16 bilhões.
Crítico voraz ao Orçamento Secreto, Lula, tão logo ganhou a corrida presidencial, emudeceu quando a bancada do seu partido, em 30 de novembro passado, ficou em silêncio durante a votação de uma proposta que pretendia acabar com o mecanismo. Por fim, a medida não foi aprovada e os pedidos dispararam.
O Orçamento Secreto é, agora, utilizado por Lula como moeda de troca para aprovação de suas propostas no Congresso Nacional e também serve como forte fator de intimidação para aqueles parlamentares que se recusam a retirar as assinaturas de CMPIs como a de 8 de janeiro, que o governo petista tenta evitar a qualquer custo.
Orçamento Secreto, iniciativa do Legislativo, VETADA pelo Presidente Bolsonaro