O comandante do Exército, com um mês de antecedência, decidiu que não publicaria a Ordem do Dia referente a 31 de março de 1964. Essa decisão nos remete ao Infeliz Palpite, do imortal Noel Rosa: “Quem é você que não não sabe o que fazer? ele diz / Ai meu Deus, que palpite infeliz… A Vila é uma cidade independente / Que toca samba mas não quer patentear /
Por que ligar para alguém que não sabe / Onde está seu nariz? /Quem é você que não sabe o que está dizendo?”
*Por coincidência (?)*, o general que vaza o repúdio do PT às comemorações da Contra-Revolução Redentora de 31 de março de 1964 – quando o povo saiu às ruas nas icônicas Marchas da Família com Deus pela Liberdade que reuniram no Rio de Janeiro e em São Paulo milhões de brasileiros insatisfeitos com os passos dados pelos que pretendiam implantar o comunismo no Brasil – informou que optará pelo silêncio.
Naquele 31 de março de 1964, o general que hoje se recusa a expressar a gratidão dos brasileiros aos que não se conformaram com a substituição do verde e amarelo de nossa bandeira pelo vermelho com a foice e o martelo tinha menos de quatro anos .
Hoje, depois de tantas décadas, o general que optou por desdenhar a história, pretende apagar os feitos que engrandeceram o Exército até o dia 9 de fevereiro passado, quando, inexplicavelmente, ignorou as pessoas que, esperançosas, bateram em suas portas em busca de mão amiga e braço forte e entregou-o, com a mão beijada, aos guardas.
O general tem o direito de ficar calado, mas o povo tem o direito de não esquecer os fatos históricos!
Lamentável, profundamente lamentável.
Esta Desordem do Dia, expressando a voz de quem não tem voz nestes dias sombrios, pretende assegurar a continuação da livre manifestação de pensamento contida na Constituição da República e homenagear aqueles, civis e militar, que há 59 anos, ocupando avenidas, ruas e praças, dignificou a pátria.
