O Brasil deu ontem um perigoso passo na direção da “chilenização”, “argentinização” ou “colombização”. Discordo dos mais pessimistas que preveem a “venezuelização”, pois existem fatores econômicos, geopolíticos e militares que diferem diametralmente entre os dois países e impedem definitivamente que a queda pela eventual vitória da esquerda atinja tamanho grau de degradação.
Vários fatores apresentados na apuração dos votos apontam para uma incoerência gritante que os mais exaltados caracterizam como claros indícios de fraude.
Contribuíram decisivamente para essa incerteza a complexidade dos elementos que compõem o sistema cibernético das urnas, aliada à forma, no mínimo exacerbada, como a cúpula do Superior Tribunal Eleitoral lutou contra a modernização do sistema, o que leva qualquer cidadão, especialmente aqueles que detêm conhecimento nessa área, a levantar dúvidas quanto à legitimidade e invulnerabilidade do processo.
Para agravar as suspeitas, o Tribunal foi comandado nos últimos meses por aquele que a operação Lava Jato e decidiu com ações monocráticas descondenar e reabilitar a candidatura de Lula, simplesmente ignorando as sentenças decretadas por unanimidade em três instâncias.
Como se não bastasse, entregou o bastão ao perseguidor incansável do governo e seus aliados para comandar as eleições, tentando, inclusive quebrar indiretamente o sigilo do Presidente às vésperas do pleito.
A simples estatística das apurações sugere dados no mínimo contraditórios, onde candidatos indicados pelo Presidente para deputados, senadores e governadores venceram com folga a eleição em seus estados, formando a bancada dos sonhos nas duas casa, enquanto o seu jóquei perdia a batalha nesses locais.
Não pretendo estender comentários sobre as diversas suspeitas que invadem os meios de comunicação (exceto a imprensa marrom) mas, apenas a título de exemplo, cito as vitórias de Marcos Pontes, Tarcísio e Ônyx Lorenzoni.
O estado de São Paulo foi palco de um episódio que demonstra claramente a discrepância maliciosa entre as pesquisas e a realidade, segundo as quais Lula teria 47,50 % dos votos contra 37,99% de Bolsonaro. A realidade mostrou um placar inverso de 47 a 40 a favor do Presidente.
No entanto, houve um fator decisivo para frustrar a vitória retumbante esperada pelo povo que vai às ruas, uma atitude que já firmou jurisprudência nos países vizinhos e até nos Estados Unidos, cujos efeitos desastrosos podem ter sido tão fundamentais quanto uma eventual fraude: a covardia e teimosia dos “isentões”.
Todos nós temos na família ou no círculo de amizades “nacionalistas de direita” que votaram em Bolsonaro em 2018 e que, agora, afirmaram em conversas ou grupos que não mais votarão por estarem decepcionados ao não verem nele a “postura de estadista”, quase sempre por razões fúteis e muitas vezes preconceituosas.
Esses isentões, com espírito de avestruz, tiraram do Presidente uma real possibilidade de vitória no 1º turno. Não se iludam: a esquerda raiz não deixa de votar, muito menos pratica o voto branco ou nulo.
No Chile, onde o voto não é obrigatório, o candidato da direita obteve no 1º turno 2,1% dos votos a mais que o seu oponente esquerdista.
Já no 2º turno, com a indiferença dos isentões, uma abstenção de 53% deu a vitória ao candidato comunista com mais de 56% dos votos.
Domingo, tivemos 20,89% de abstenções e 4,20% de brancos e nulos, que totalizam 39.254.011 votos.
Que a catástrofe do Chile nos sirva de lição e transforme cada Guardião em um agente catalizador para convencer os isentões ao nosso alcance que tomem como exemplo os países vizinhos, pois a batalha do 2º turno é definitiva para as nossas vidas e, particularmente, as dos nossos filhos e netos.
BRASIL ACIMA DE TUDO, DEUS ACIMA DE TODOS.
Nulos teve 3.165.917
Branco teve 1.812.466
Abstenção foi 29.768.055
Não se preocupe com os inimigos declarados, preocupe-se com os verdadeiros “isentões”