PIB do 2º tri deve manter trajetória de crescimento
Aperto monetário e desaceleração da economia global prometem desafiar crescimento econômico já no quarto trimestre
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou o sétimo maior crescimento no segundo trimestre ante o primeiro trimestre, dentro de um ranking com 26 países, calculou a agência de classificação de risco Austin Rating.
A alta de 1,2% na atividade econômica do Brasil ficou atrás apenas dos desempenhos da Holanda (2,6%), Turquia (2,1%), Arábia Saudita (1,8%), Israel (1,6%), Colômbia (1,5%) e Suécia (1,4%).
Entre os países compilados, a China teve o pior desempenho, com queda de 2,6% no PIB do segundo trimestre ante o primeiro trimestre de 2022, seguido por Taiwan (-1,8%), Canadá (-0,3%), Cingapura (-0,2%) e Estados Unidos (-0,2%).
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre promete crescer na mesma intensidade em que avançou nos três primeiros meses de 2022 e ficar acima do nível pré-pandemia. O consenso Refinitiv de mercado aponta para uma alta trimestral de 0,9% e de 2,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Economistas e analistas ouvidos pelo InfoMoney projetam crescimento entre 0,6% e 1%. O dado será divulgado na próxima quinta-feira (1) às 9h (horário de Brasília) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mais uma vez, a atividade econômica deve ser impulsionada pelo setor de serviços, no lado da oferta. Em junho, o segmento cresceu pelo segundo mês consecutivo, avançando 6,3% na comparação com um ano antes. Os serviços têm sido beneficiados pela normalização da economia, com o relaxamento quase que total das restrições adotadas durante a pandemia. A retomada de atividades presenciais também coincide com medidas de estímulo adotadas pelo governo.
“O destaque deve ficar, sobretudo, com serviços prestados às famílias, segmento que ainda não voltou para o patamar pré-pandemia e deve continuar puxando a economia também no terceiro trimestre”, afirma Andrea Damico, sócia e economista-chefe da Armor Capital. A casa projeta alta de 1% para o PIB do segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses do ano.
“Tem ainda a dinâmica dos auxílios, o pagamento de vouchers e o aumento de renda disponível da classe média, com a queda do preço dos combustíveis”, complementa a economista.
O Morgan Stanley prevê crescimento trimestral de 1% e de 2,8% na comparação anual. “A recuperação do mercado de trabalho se provou robusta, impulsionada pela contratação de trabalhadores informais. Além disso, o governo antecipou o pagamento do 13º salário de aposentados e pensionistas”, enumeram os analistas do banco.