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Tudo sobre Elon Musk

Foto: Musk no SpaceX em Hawthorne, California. de Mark Seliger para Rolling Stone

Quem é Elon Musk?

Carros elétricos com direção autônoma, ruas e avenidas subterrâneas, com trânsito rápido, viagens espaciais de final de semana, ir de uma ponta à outra de um país continental, via terrestre, em pouco mais de meia hora…

Tudo isso tem a ver com Elon Musk, uma das maiores personalidades empreendedoras e multimilionárias do século XXI.

Parece loucura?

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Se você pensa em ser empreendedor, está em busca de inspirações e ainda não sabe quem é Elon Musk, é hora de conhecer mais sobre a vida e carreira de Elon Musk.

Afinal, quem é Elon Musk?

Elon Musk é conhecido por ser um dos maiores empreendedores e inventores do nosso século, atuando em áreas como neurotecnologia, internet, produção de energia limpa, desenvolvimento de projetos aeroespaciais, inovação automobilística e inteligência artificial.

Musk se transformou em uma celebridade mundial ao tornar-se milionário antes dos 30 anos, tendo, atualmente, um patrimônio estimado em 151 bilhões de dólares, segundo o ranking da Forbes, de 2021.

Porém, seu legado, ainda em construção, vai muito além da sua fortuna.

Pioneiro e quebrador de paradigmas, Musk sempre pensou à frente do seu tempo, e (literalmente) aposta todas as suas moedas em inovações tecnológicas que visam, muito além do enriquecimento pessoal, o desenvolvimento coletivo da humanidade.

A história de Elon Musk no empreendedorismo

Uma peculiaridade que chama bastante atenção na trajetória empreendedora de Musk é a sua versatilidade de atuação em áreas completamente distintas.

O início das suas empreitadas aconteceu ainda na década de 1990.

Com o boom da internet, criou, junto ao seu irmão, Kimbal Musk, uma empresa de geolocalização chamada Global Link (posteriormente rebatizada como Zip2), que oferecia serviços semelhantes aos atuais do Google Maps.

A ideia era, por meio de dados públicos de mapas e negócios, gerar uma plataforma para comerciantes anunciarem e se conectarem com consumidores, tendo os jornais como seus principais clientes.

Outra empreitada de Musk foi no ramo bancário, criando a X.com, um dos primeiros bancos digitais do mundo, em 1999.

Essa breve aventura bancária foi deixada de lado para dedicar-se ao desenvolvimento de um sistema de pagamentos online que, em 2002, Musk rebatizou o nome da empresa desenvolvedora do sistema para PayPal.

Mas, sistemas de pagamento online ainda eram pouco para Musk que tinha a mente muito mais à frente.

Assim, em maio de 2002, Musk criou a SpaceX, uma empresa que tem como objetivo espalhar vida humana pela galáxia, desenvolvendo e lançando seus próprios protótipos de foguetes.

Outra área de atuação de Musk foi no setor de desenvolvimento automobilístico, tornando-se sócio da Tesla Motors, empresa desenvolvedora de carros elétricos, em 2004 e assumindo o cargo de CEO da mesma, em 2008.

Essas são apenas suas principais empreitadas, porém, ao longo dos anos seguintes, Musk se envolveu em diversos projetos, como no desenvolvimento de inteligência artificial, energia solar, distribuição de internet e mobilidade urbana.

Tudo isso mostra, por si só, sua visão ampla, visionária e ousada, transitando entre áreas complexas e variadas.

Infância e formação: o que levou Elon Musk se tornar um dos homens mais ricos e influentes do mundo

Olhando, porém, para sua história de origem, dá para observar o potencial de genialidade já na transição da infância para a adolescência.

Um fato interessante que diversas pessoas não sabem é que Musk não é estadunidense, e sim, sulafricano.

Musk nasceu na cidade de Pretória, capital da África do Sul, em 1971, em uma família de classe alta, sendo filho de Errol Musk, engenheiro eletromecânico, piloto e marinheiro, e de Maye Musk, modelo e nutricionista.

Quando criança, o pequeno Musk tinha o perfil clássico do nerd introvertido: não gostava de esportes, mas adorava livros e vídeo games.

Se por um lado, isso o levava a sofrer bullying por parte de outras crianças, por outro, foram esses interesses que deram a ele o pontapé inicial em sua trajetória empreendedora.

Aos 10 anos de idade, ao ler uma revista sobre computadores, descobriu que os jogos eram criados a partir de códigos de programação e, extasiado com esse novo mundo que estava descobrindo, pediu ao pai um computador, que rejeitou o pedido.

O garoto passou então a economizar de sua mesada para adquirir o tão desejado bem e, quando o conquistou, o aparelho vinha acompanhado de um curso de programação de seis meses.

Musk o completou em 72 horas, sem dormir, aprendendo a programar sozinho.

Com o “queijo e a faca na mão”, o menino desenvolveu seu primeiro jogo aos 12 anos de idade, batizando-o de Blaster. 

O fato do game ter sido programado por alguém tão jovem chamou a atenção da revista de negócios PC and Office Technology, que comprou o jogo de Musk por cerca de 500 dólares.

Anos depois, em entrevista, Musk afirmou que sua motivação para a criação do jogo foi vendê-lo e, com o dinheiro adquirido, comprar outros jogos que gostava.

Juventude e novas aventuras

Apesar desse início de adolescência brilhante, Musk continuou a sofrer na escola, em episódios de bullying cada vez mais violentos, que só foram cessar aos seus 17 anos, quando aprendeu a se defender em aulas de caratê, judô e luta livre.

Nesse período, porém, o jovem Elon já não via mais a África do Sul como o seu lugar no mundo.

Ele sabia que só conseguiria alcançar todo seu potencial indo para os Estados Unidos, mais precisamente, para o tão prometido Vale do Silício, em São Francisco.

Assim, carregando nada além que suas bagagens, sua coragem e seus sonhos, o jovem comprou sua passagem e foi para Ontário, no Canadá, aproveitando a cidadania canadense da mãe.

E como todo início de vida adulta, também não foi fácil os primeiros anos de vida independente de Musk.

Morando no Canadá, trabalhou em diversos serviços braçais, como plantações, cortador de madeira e até limpador de caldeiras industriais.

Mas, todo esse esforço tinha um motivo para além da sobrevivência: matricular-se na Queen’s University. 

E ele o realizou.

Após dois anos como universitário, Musk conseguiu transferência para a Universidade da Pensilvânia, formando-se, então, em economia e, um ano depois, em física.

Seu desempenho como estudante lhe rendeu uma vaga para um programa de PhD na famosa Universidade de Stanford, na Califórnia, na qual matriculou-se no curso de física e ciência dos materiais.

Mas, assim como tudo na sua vida não corre por caminhos óbvios, sua permanência na instituição durou apenas dois dias, cancelando sua matrícula para praticar o que seria sua marca: o empreendedorismo.

Início de uma jornada empreendedora

Em sociedade com seu irmão mais novo, Kimbal, os Musks criaram a já citada Global Link, em 1995.

A empresa nasceu com a ajuda de investidores-anjos, ou seja, um grupo de pessoas que investem em pequenas startups em nascimento, e também com a aplicação de 6 mil dólares de outro sócio, Greg Kouri.

Seu sucesso foi tão grande que um investidor local aportou 3 milhões de dólares na empresa, com os quais contrataram mais funcionários e melhoraram o sistema, rebatizando a empresa como Zip2.

Por seus serviços considerados inovadores para a época, a Global Link tinha 160 jornais como clientes, incluindo o gigante The New York Times. 

Após o grande sucesso, os sócios entraram em negociação para a fusão da empresa com a CitySearch, em 1998, sua principal concorrente, porém, após diversas reuniões, Musk os convenceu a abandonarem a proposta.

A decisão foi assertiva, pois, um ano depois, em 1999, a Zip2 foi comprada pela Compaq Computer por 305 milhões de dólares e, nessa negociação, Musk saiu com nada menos que 22 milhões de dólares, com apenas 28 anos de idade.

Inquieto por novos desafios, o mais novo milionário criou, no mesmo ano, a X.com, um dos primeiros bancos online do mundo.

No ano seguinte,se fundiu ao concorrente, Confinity, e Musk se tornou o CEO da empresa.

Como sabemos, após essa fusão, Musk se dedicou ao desenvolvimento do sistema de pagamento online que viria a ser o atual PayPal, no qual o fez abrir capital, levantando 61 milhões de dólares, por meio do IPO, em 2002.

O sucesso do PayPal fez com que atraísse o interesse do eBay que, em outubro do mesmo ano, desembolsou 1,5 bilhões de dólares na compra da companhia.

Nessa transação, Musk abriu mão da sua participação e levou para sua conta 165 milhões de dólares.

Para o alto e avante!

Com uma fortuna como essa, e ainda extremamente jovem, uma pessoa comum não pensaria muito em se aposentar e apenas curtir a vida, sem preocupações com trabalho.

Porém, Elon Musk não é uma pessoa comum.

O empreendedor sempre falou abertamente sobre suas preocupações com os rumos da humanidade, considerando começar o movimento de povoar outros planetas com populações humanas, iniciando com a instalação de uma estufa no solo do planeta Marte.

Se hoje em dia muitas pessoas podem considerar essa ideia um tanto quanto absurda, mesmo estando nós no caminho de concretizá-la, imagine no início dos anos 2000…

Mas, o absurdo nunca foi uma barreira para Musk que, em 2001, passou a tentar negociar com fornecedores russos, únicos provedores de foguetes e mísseis balísticos na época.

No total descrédito levado, Musk investiu então no que seria uma de suas empreitadas mais desafiadoras: a exploração aeroespacial.

Criou, então, a Space X, em 2002, com um investimento de 100 milhões de dólares da sua fortuna pessoal.

A empresa que tem como principal objetivo a povoação de Marte, passou a produzir seus próprios foguetes e a implantar processos que baratearam a exploração espacial.

O primeiro foguete da Space X foi lançado em 2006, batizado de Falcon 1, em homenagem à saga Star Wars e o sucesso da empresa simplesmente decolou junto.

Mesmo após quase chegar à falência por tentativas falhas nos primeiros lançamentos, a empresa ganhou notoriedade por realizar operações espaciais que apenas estatais, como a NASA, conseguiam fazer.

Como o ambicioso projeto de popularizar o planeta vermelho é caro e demanda muitos investimentos, a empresa levanta fundos, por exemplo, abastecendo a Estação Espacial Internacional, utilizando seus foguetes que podem pousar após decolarem.

Assim, o custo por toda a operação sai muito mais em conta, um dos motivos da NASA ser um dos seus principais clientes.

A Space X vendeu, em 2011, seu primeiro voo comercial até a lua para o bilionário Japonês Yusaku Maezawa, que está programado para acontecer em 2023.

Em 2020, a empresa foi considerada um dos três maiores unicórnios do mundo, ou seja, uma startup que conseguiu ser avaliada em 1 bilhão de dólares, sem abrir IPO.

No caso da Space X, sua avaliação foi de 46 bilhões de dólares, e especialistas ainda afirmam que ela ainda não chegou ao seu potencial máximo de crescimento.

Investimento automobilístico

Outra empreitada de Musk foi o aporte de 6,5 milhões de dólares na empresa de criação de carros elétricos, Tesla Motors, em 2004, a qual, em 2008, se tornou CEO, após a crise econômica ocorrida nos Estados Unidos.

Ao assumir esse cargo, Musk transformou-se na cara da empresa e, assim como na Space X, a cada novo “lançamento” (seja de um foguete, ou de um novo carro) o acontecimento é acompanhado de um verdadeiro evento.

Apesar disso, a empresa quase chegou à falência em 2008, junto à Musk, em razão da demora na entrega de um projeto a investidores, levando-o, inclusive, a pedir dinheiro emprestado para poder se manter.

Dois dias antes do deadline, esgotando totalmente seus recursos financeiros, Musk fechou um aporte de 40 milhões de dólares, que salvou a ele e às suas empresas.

Após esse respiro, a Tesla fez seus ajustes e acertos.

O primeiro lançamento da empresa foi nomeado como Roadster, que fazia um percurso de 350 quilômetros com uma única carga da bateria, e sendo toda a sua tecnologia criada do zero.

Os lançamentos seguintes foram o sedã Model S, em 2012, o SUV Model X, em 2015, seguindo do Model 3, em 2017, marcando então a primeira produção em larga escala em nível global.

Em 2020, a empresa passou a ter um valor de mercado 100 bilhões de reais, representando 80% da fortuna de Elon Musk.

Por todos esses eventos, Musk ganhou notoriedade mundial, sendo um verdadeiro símbolo de empreendedorismo, pioneirismo, tecnologia e inovação.

Preocupação ambiental e olhar para o futuro

Em janeiro de 2021, Elon Musk foi considerado a pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna avaliada em 190 bilhões de dólares.

Ao saber da notícia, por meio de um tweet, sua resposta foi:

“Que estranho. Bom, de volta ao trabalho…”

A declaração, para muitas pessoas, pode soar como arrogante, ou revelar uma personalidade obsessiva de Musk com o trabalho…

E, claro, assim como toda pessoa, ele também gosta de ser considerado uma grande mente dos nossos tempos, ser uma grande celebridade e ter os holofotes virados para si.

Porém, Musk também sempre demonstrou uma grande preocupação com os rumos da humanidade e, principalmente, com sua autodestruição.

Por isso, por mais excêntricos e futuristas que seus projetos possam parecer, sua visão está sempre voltada a como o desenvolvimento destas tecnologias podem contribuir para o desenvolvimento da humanidade e preservação do meio ambiente.

Suas duas principais empreitadas atuais, por exemplo, nasceram dessa preocupação.

A ideia de povoar Marte, por meio da Space X, para muito além de parecer um roteiro de filme de ficção espacial, tem como propósito preservar a vida humana em outro lugar da galáxia, caso qualquer catástrofe aconteça na Terra (algo realmente levado à sério por Musk).

A aposta na Tesla, por sua vez, se deu pela preocupação com a grande produção e emissão de gases poluentes causados pelos carros de combustível fóssil, empreendendo, então, na produção de carros elétricos, de energia limpa.

A direção autônoma, por sua vez, também é uma aposta para a preservação da vida humana, melhoria na qualidade de vida e geração de renda para as pessoas.

Com a aplicação dessa inteligência nos carros, seriam reduzidos os acidentes automobilísticos causados por falhas humanas, bem como os donos de carros próprios poderiam alugá-los, sem suas presenças nas viagens, investindo suas horas livres em outras tarefas.

E por falar em energia limpa e locomoção, outra aposta de Musk, agora para transporte coletivo, é o Hyperloop, um trem ultrarrápido, movido a levitação magnética e vácuo, que promete fazer viagens continentais em questão de pouco mais de meia hora.

Não bastando isso, também criou a The Boring Company, uma empresa destinada ao desenvolvimento de transporte subterrâneo de pessoas e cargas, desafogando os trânsitos das grandes cidades.

Outra aposta de Musk foi na Solar City, empresa de energia solar criada por seus primos, que teve seu aporte inicial de 10 milhões de dólares, e que chegou a conquistar 40% do market-share dos Estados Unidos.

Musk acredita, porém, que o desenvolvimento de tecnologias precisa ser feito de forma responsável, principalmente tratando-se de inteligência artificial (AI), um tema que lida com grande preocupação.

O visionário acredita que as AI podem substituir o ser humano, mas sabe que seu desenvolvimento é algo inevitável.

Por isso, Musk criou a OpenAi, uma instituição voltada a contribuir com esse desenvolvimento, mas de maneira ética e segura.

Musk alerta, porém, que as chances de criar uma AI realmente segura é de 5% a 10%.

Por esse grande receio, ele acredita que o meio para contornar o controle das AI sob a humanidade seja aprimorar as tecnologias aplicadas ao corpo humano, transformando o ser humano em “ciborgues”, sofisticando as habilidades mentais e físicas naturais através da tecnologia.

Por isso, criou a Neuralink, uma empresa que já realiza o desenvolvimento de chips aplicados ao cérebro humano para sua comunicação com máquinas por meio do pensamento, bem como para solucionar problemas neurológicos, como a paralisia motora.

Principais habilidades: qual o perfil empreendedor de Elon Musk?

Definir um perfil para o empreendedor por detrás de tantas áreas e sucesso, como Musk, não é uma tarefa fácil, tão pouco replicá-lo.

Porém, algumas características podem ser notadas e seguidas, veja:

Curioso

Buscar o novo é algo desafiador, ainda mais quando saímos da nossa zona de conforto.

Olhando, porém, para a trajetória de Musk, observamos que suas aventuras por áreas completamente diferentes foram movidas pela curiosidade. 

Por exemplo, Musk nunca entendeu nada sobre foguetes e população interplanetária, porém, seu desejo de realizar aquilo que acreditava, atrelado à curiosidade, o fez ir atrás de conhecimento, resultando na Space X.

Sonhador

E por falar em realizar o se acredita, nada nos move mais do que nossos sonhos, o que não foi e é diferente para Musk.

E não falamos apenas dos sonhos grandes de Musk, como a preservação da vida humana, mas, desde pequeno o empreendedor já sonhava.

Exemplo disso é a história da aquisição de seu primeiro computador.

Não tem medo de se expor, nem de tentar

E dessa mesma história, tiramos também outro exemplo de seu perfil: não ter medo de tentar.

Se Musk não tivesse tentado, não teria sequer programado seu primeiro jogo, dando início ao seu encanto pela tecnologia.

Também não podemos deixar de citar a exposição de seus medos. 

Sim, Elon Musk também é um ser humano como nós e também tem seus receios e inseguranças.

Porém, apesar de eles nos tornarem humanos, é preciso utilizá-los como válvula de motivação e não de autotravamento.

Devorador de livros

Desde a infância, Musk sempre teve os livros como seus grandes companheiros.

Inclusive, foi pela leitura da série “O Senhor dos Anéis” que o empreendedor se identificou na missão de “salvar o mundo”.

Musk sempre declarou que grande parte da sua formação veio desses companheiros, desde sua infância: “Fui criado por livros. Livros, e depois meus pais”.

Michael Simmons, empreendedor que já escreveu para as revistas Time, Forbes e Harvard Business Review, fala em uma postagem em seu perfil no médium que Musk tem uma carga de leitura 60 vezes maior do que a média das pessoas, indo de biografias à ficção científica.

Pensamento crítico

Sua capacidade de olhar de formas diferentes para soluções já criadas e procurar novas perspectivas fez com que ele se destacasse nas inovações.

Musk exemplifica essa habilidade aplicada no desenvolvimento de um carro da Tesla:

“Para produzir Teslas melhores […] tenho que pensar muito criticamente. Então, quando vejo o carro, vejo todas as coisas que penso que precisam ser consertadas para torná-lo melhor.”

É uma habilidade, por outro lado, que requer um desprendimento das próprias crenças, visto a necessidade de saber receber feedbacks negativos e avaliá-los.

E para isso, também é preciso reservar um tempo para pensar, e pensar a longo prazo, nunca tomando decisões sob o calor das emoções.

Aprendizado multidisciplinar

Estudar sobre diferentes campos de conhecimento proporciona uma visão ampla do mundo.

Musk exemplifica também que o processo de aprendizagem por meio da associação de conhecimentos contribui para isso.

Segundo Michael Simmons, apesar das amplas áreas de leitura e conhecimento de Musk, seus aproveitamentos não estão em aplicá-los de forma isolada, mas sim, em suas complementações.

Crenças como empreendedor: no que Elon Musk acredita?

Em 2013, Elon Musk participou de uma entrevista para o Ted Talks e, já na época, revelou seus projetos visionários que já são realidade nos dias atuais, bem como a maneira como enxerga suas crenças como empreendedor.

Abaixo, separamos suas principais falas e a entrevista pode ser assistida, na íntegra, no link a seguir:

Principais problemas que afetarão o futuro da humanidade: 

“Penso que é extremamente importante que tenhamos sistemas de transporte e energia sustentáveis. Esses problemas gerais de energia sustentável são o maior problema que temos que resolver neste século, independente de preocupações ambientais.”

Sobre transportes elétricos:

“[…] acho, realmente, que todas as formas de transporte se tornarão completamente elétricas, com a irônica exceção dos foguetes”

Sobre energia solar:

“[…] Estou bastante confiante em que os meios primários de geração de energia serão solares. Quero dizer, é de fato fusão indireta, é o que é. Temos esse gerador de fusão gigante no céu, chamado Sol, e apenas precisamos drenar um pouquinho dessa energia para os propósitos da civilização humana”

“Estou extremamente confiante em que a energia solar será, no mínimo, uma pluralidade de energia e muito provavelmente a maioria, e prevejo que será uma pluralidade em menos de 20 anos.”

Sobre viagens espaciais:

“Foi, de fato, mais do ponto de vista de quais são as coisas que precisam acontecer para que o futuro seja mais entusiasmante e inspirador? E realmente penso que há uma diferença fundamental, se você meio que espia o futuro, entre uma humanidade que é uma civilização que navega no espaço, que está lá fora, explorando as estrelas, em vários planetas, acho realmente entusiasmante, comparada àquela em que estamos confinado para sempre à Terra, até algum evento de extinção final.”

Reutilização de foguetes:

“Todo tipo de transporte que usamos, sejam aviões, trens, automóveis, bicicletas, cavalos, é reutilizável, mas não os foguetes. Então, temos que resolver este problema para nos tornarmos uma civilização que navega no espaço.”

Colonização de Marte:

“A SpaceX, ou algum consórcio de empresas e governos, precisa fazer progresso em direção a tornar a vida multi planetária, de estabelecer uma base em outro planeta, em Marte (porque é a única opção realista), e então edificar essa base até que sejamos uma verdadeira espécie multi planeta.”

Sobre ter conseguido inovar em áreas distintas:

“Bem, acho que há uma boa estrutura para pensar. É a física. Sabe, o tipo de raciocínio com princípios básicos. […] O que quero dizer com isso é: Traga as coisas para suas verdades fundamentais e racione a partir daí, em oposição a raciocinar por analogia.”

“Através da maior parte de nossa vida, vivemos raciocinando por analogías, que basicamente significa copiar o que outras pessoas fazem com pequenas variações. E você tem que fazer isso. Do contrário, mentalmente, você não seria capaz de viver o dia.”

“Quando você quer fazer algo novo, você tem que aplicar a abordagem da física. Física é, na verdade, imaginar como descobrir coisas novas que são contraintuitivas, com a mecânica quântica. É realmente contraintuitivo. Acho que realmente isso é o que precisa ser feito, e também prestar atenção, de fato, ao feedback negativo e pedir por ele, particularmente aos amigos. Pode soar como conselho simples, mas dificilmente alguém faz isso, e ele é incrivelmente útil.”

Livros sobre Elon Musk + 10 obras que ele recomenda

Quer saber ainda mais sobre essa figura inspiradora para todo empreendedor?

Abaixo recomendamos dois livros sobre para você conhecer ainda mais sobre esse universo criado por Elon Musk:

  1. Elon Musk: Como o CEO bilionário da SpaceX e da Tesla está moldando nosso futuro
  2. Elon Musk: A Mission to Save the World 

Agora, se você quer mesmo ler obras recomendadas por Musk, abaixo segue uma lista com 10 indicações.

Infelizmente, nem todas obras são encontradas traduzidas para o português, porém, podem ser encontradas em suas versões originais na página da Amazon.

Aonde mais Elon Musk vai nos levar?

Afinal, suas inovações impactaram e impactam até hoje nosso modo de viver e de enxergar o mundo.

Em um curto prazo de tempo, pouco mais de 20 anos, Musk nos fez acreditar que aquelas ideias futuristas de filmes de ficção científica podem ser reais e mais próximas do que imaginamos.

O que nos faz pensar: o que será que vem por aí?

 

Elon Musk e a política brasileira

Via

Foto: Mark Seliger for Rolling Stone

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Foto: Mark Seliger for Rolling Stone
Fonte
Blog Athon Editar Post

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