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Laser para perda de paladar pós Covid

Um dos sintomas mais frequentes na infecção por covid-19,  a perda total ou parcial do paladar também é um dos que mais preocupam o paciente, por se prolongar por vários dias ou meses, além de proporcionar uma sensação desagradável. A solução para o problema pode estar na Odontologia. Pesquisa realizada pelo Laboratório Especial de Laser em Odontologia (LELO) da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) visa estudar a eficácia da terapia com lasers de baixa potência para tratar o sintoma.

A pesquisa controlada, intitulada “Uso da fotobiomodulação e complexo vitamínico B em pacientes com alteração de paladar decorrente da infecção por covid 19 estudo in vivo, randomizado e duplo cego”, pretende avaliar os parâmetros de fotobiomodulação e terapia com complexo vitamínico relacionados a remissão do paladar em pacientes acometidos por ageusia ou disgeusia prolongada após a doença. O grupo controle será comparado ao grupo placebo.

A laserterapia de baixa potência ou terapia de fotobiomodulação (TFBM) é empregada para acelerar o reparo dos diversos tecidos vivos. “Existem relatos na literatura sobre o uso do laser em pacientes submetidos à radioterapia ou quimioterapia de cabeça e pescoço, que apresentam agusia ou disgeusia, os quais demonstram os efeitos benéficos dessa terapia”, explicou. “A TFBM visa a recuperação de tecidos em estresse, ao promover o retorno a função fisiológica, além de promover a modulação da inflamação e a regeneração das células nervosas”

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O tratamento começa com uma avaliação na primeira consulta, utilizando-se quatro sabores (salgado, doce, amargo e azedo) O processo se realiza em duas sessões semanais. Ao fim de 30 dias, nova avaliação é feita. Hiramatsu explica que o tratamento pode se estender por mais 30 dias, totalizando 16 aplicações. “Em 60 dias após o início do processo, o paciente é submetido a uma avaliação final. As sessões são sempre intervaladas em um mínimo de 2 a 3 dias O grupo controle usará complexo vitamínico B”, explica a cirurgiã-dentista.

O estudo procura observar se a utilização da TIBM pode favorecer a retomada da função biológica das papilas gustativas e a consequente redução da disgeusia ou ageusia, além de verificar se o tratamento com complexo vitamínico possui eficácia para esse sintoma específico da covid 19.

A pesquisa encontra-se em andamento Segundo Hiramatsu, o grupo do estudo recrutou pacientes na primeira quinzena de dezembro de 2021 A expectativa é de finalização do projeto no segundo semestre de 2022.

ENSAIOS CLÍNICOS

Ainda que os resultados com a TFBM sejam considerados promissores, existe a necessidade de realização de ensaios clínicos randomizados. Isso porque não há evidências científicas suficientes sobre os efeitos da TFBM na perda total ou parcial do paladar e do olfato.

Fonte
Instituto Paula Machado - Odontologia SP

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