Fertilizantes: comitiva brasileira fecha acordo com a Jordânia
Representantes do governo e da iniciativa privada fazem visita oficial a países árabes, que estão entre os maiores mundiais de fosfato e potássio, para aumento das exportações
A semana começou com um aceno importante da Jordânia, um dos principais produtores mundiais de potássio, matéria-prima essencial dos fertilizantes, e o Brasil. Em reuniões entre a comitiva oficial brasileira, liderada pelo Ministério da Agricultura, o governo jordiano e fabricantes locais, ficou acertado o aumento das exportações da Companhia Árabe de Potássio para os importadores brasileiros. A empresa, que produz mais de 2,4 milhões de toneladas de potássio por ano, deve embarcar ao menos 320 mil toneladas para o Brasil este ano. “É uma grande notícia”, diz Tamer Mansour, secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que acompanha a visita oficial ao Oriente Médio.
A comitiva mantém nesta segunda, dia 9, reuniões bilaterais com o governo do Egito. O país é o sexto maior produtor mundial de ureia, componente dos fertilizantes. Nesta terça, dia 10, deverá ser assinado uma acordo de cooperação técnica entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o governo egípcio. No dia 12, começa a agenda oficial no Marrocos, segundo maior produtor global de fertilizantes fosfatados, responsável por 17% da produção mundial.
A expectativa é que as tratativas para o aumento das exportações de fertilizantes produzidos no norte da África e Oriente Médio para o Brasil tenha prosseguimento durante o Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, programado para o mês de julho, em São Paulo.
O Brasil importa cerca de 85% dos fertilizantes utilizados na produção agrícola. No caso do potássio, essa porcentagem sobe para 95%. Em 2021, as importações brasileiras de fertilizantes foram superiores a 41 milhões de toneladas, equivalentes a cerca de 14 bilhões de dólares, segundo o Ministério da Agricultura.