07 de Setembro: Está chegando a hora de a onça beber água
Manifesto do patriota Renato Rodrigues Gomes
O dia 07/09/2022 será presumidamente o Marco Zero de um novo Brasil, com início de ações efetivas para resgate da ordem e implementação de um regime democrático decente. Algumas ocorrências são condicionantes do restabelecimento da ordem, além de pressupostos da democracia que está por nascer das cinzas, tais como i) punições exemplares de delinquentes até então impuníveis, ii) desmantelamento do politicamente correto – física e emocionalmente opressivo e corruptor da língua portuguesa – e iii) “preparação da área” para o inevitável e essencial enxugamento do Estado e sua colocação a serviço do povo.
Em outros termos, a data de 07/09/2022 denotará o começo do desmonte do Estado-glutão, disfuncional, perverso. Representará a queda do Leviatã, que vem sangrando imperceptível e sadicamente a majoritária parcela da população inconsciente, no mínimo, pelos últimos 37 anos,
tornando-a cada vez mais refém ou mesmo escrava de idiossincrasias de psicopatas no poder, sem que houvesse qualquer reação popular à altura das infindáveis afrontas “democráticas” que vieram sendo cometidas, sempre pautadas na certeza absoluta da impunidade.
Se estivemos em sono hipnótico e profundo por décadas e nos acostumamos bovinamente, por ignorância, a “dizer amém” a todo tipo de politicagem praticada em nome do povo ao longo do folclórico período de socialização – disfarçado sob o manto de nossa péssima Constituição e conhecido como “período de redemocratização” -, o dia 07/09/2022 mostrará ao mundo que despertamos fortemente. Deixará claro que o Brasil, “Pátria do Evangelho e Coração do Mundo”, estará virando definitivamente a última e nefasta página de sua história. A independência verdadeira de nossa nação, exorcizando de vez a criminalidade institucionalizada, corrupções, falcatruas, jeitinhos diversos de desonestidade, tardou, mas jamais falharia segundo o projeto traçado pelo Plano Superior.
Infelizmente, essa leitura do bicentenário da independência do Brasil, com a imagem de uma nação livre e vitoriosa, vem sendo ainda posta em dúvida ou rejeitada por muitos, pois, como dizem, precisam “ver para crer”. A praxe é desconsiderar completamente a pertinência do “crer para ver”, devido à carência de “realidade”. Todavia, apesar de ser psicologicamente inquestionável que nossa mente – normalmente cheia de lixos acumulados – condiciona o julgamento que fazemos dos fatos e a visão que temos do mundo, curiosa e paradoxalmente, sugerir ao cético “realista” que repense ou aperfeiçoe suas crenças para que lhe seja possível visualizar um novo mundo tende a ser visto como espécie de argumento metafísico e, por isso, desprezível, como se a vida integralmente só existisse na terceira dimensão e estivesse encaixotada em nosso belíssimo Planeta Azul tão maltratado!
Vida em democracia é assim: todos têm o direito de expor suas ideias, gostemos ou não, concordemos ou não. Mas, com todo respeito aos previsores do caos e constantemente em estados de preocupação, não tem por que se pensar diferente
quando se analisa holisticamente o contexto com a cabeça aberta e escanteando-se o ego. Sobretudo, quando se leva a sério as palavras do presidente da República, Jair Bolsonaro, caso se consiga relativizar os efeitos intragáveis de certas decisões tomadas no transcurso do mandato, tidas por aparentemente ruins ou incompreensíveis às vistas de quem esteve (e ainda permanece) observando de fora e sem informações privilegiadas de chefe de Estado.
A título de recordação, o presidente disse, dentre outras coisas, que i) sabe onde está o câncer do país e ii) o que tem que fazer para vencer essa guerra, cujos inimigos são preponderantemente agentes internos; iii) que nossa bandeira jamais será vermelha; iv) que jamais será preso ou retirado do cargo com canetadas; v) que entregará o país muito melhor para o sucessor, necessariamente eleito com observância da vontade da maioria popular via processo eleitoral confiável e auditável; e vi) que, no 07/09/22, será a última vez em que o povo irá às ruas clamar por transparência e liberdade.
Contudo, por mais emblemáticas que tenham sido as falas do presidente da República, aos céticos “realistas” não foram suficientes para que o 07/09/2022 seja interpretado como a data de alforria do povo brasileiro. Para eles, grosso modo, o fato de vivermos num país com regime de governo distópico tornou-se irrelevante. Daí, qualquer previsão de libertação e vitória “repentina” fica passível de ser qualificada como “pensamento desejável” (“wishful thinking”). Talvez porque os ciclos repetitivos da história passada vinculem a visão de futuro dos que se apegam cognitivamente a essa mera contingência, porém, considerada como argumento determinista de uma “boa prognose”, por supostamente respeitar as “evidências” captáveis pelos “únicos” filtros da consciência: nossos limitadíssimos cinco sentidos.
Levar em conta os efeitos das Leis Universais da Impermanência, da Polaridade e de Causa e Efeito, por exemplo, passa a ser “coisa de doido”. Sem problema: o que importa é que todas as pessoas de Bem – sejam céticos “realistas” pessimistas, ou “realistas” holísticos otimistas – desejam a salvação das liberdades aprisionadas e do Brasil. E ela advirá: se no Marco Zero haverá a independência derradeira e a derrota da morte, a comemoração do final glorioso para nosso país é questão de “quando”, e jamais de “se”. Enquanto isso, segue o circo jurídico-político e a contagem regressiva para o seu encerramento. Quem viver, verá. E agradecerá.
Escritor (autor da trilogia Conscientização Jurídica e Política e do Desmistificando a Falácia da Presunção de “Inocência”).